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Rotas do Vento

África do Sul, Namíbia, Botsuana, Zimbabué: Grande Travessia do Kalahari (versão a acampar) – Fernanda Bernardo

Este ano, acabei por me inscrever num grupo estrangeiro numa viagem de aventura por terras de África. Parti a 30 de Setembro e regressei a 23 de Outubro. Ainda não estou cá muito bem sintonizada, ainda me sinto a voar. O grupo era simpático, tinha 16 participantes de diferentes nacionalidades (4 portugueses, 7 italianos, 3 australianos e 2 dinamarqueses), 1 guia/motorista e 1 cozinheiro.

Gostei muito da viagem. Já tinha saudades e vontade de regressar a África, ao fim de 15 anos da minha primeira viagem que foi ao Quénia. As coisas por lá estão a mudar bastante, estão ficar muito comercializadas. Mas é a evolução, todos querem melhorar tudo. Muitas obras para arranjar estradas e construção de pontes, tudo muito revolto. Daqui a algum tempo, nada será como antes. A travessia dos rios já não será feita naqueles barcos tão rudimentares, existirão pontes e estradas para contornar esses obstáculos.

Começámos a viagem na África do Sul. Visitámos a Cidade do Cabo e a Península do Cabo onde fica o Cabo da Boa Esperança. Ouvimos a história dos portugueses que andaram por estas paragens e das tormentas que passaram para contornar o cabo a caminho das Índias. Apesar dos avisos sobre roubos e criminalidade, andámos bem, claro que com as devidas cautelas. Sair à noite, só com ida e regresso de táxi, de porta a porta. A Cidade do Cabo é muito moderna, há lá de tudo, parece que estamos na Europa. Não se parece nada com algumas cidades de África de outros países. A paisagem, a caminho do Cabo da Boa Esperança, é linda. Praias de areia branca e lindas baías. O Oceano Atlântico tem aqui uma força e umas cores espetaculares. Avistam-se aqui tanto animais de zonas frias (baleias, focas, pinguins) como de zonas quentes (avestruz, zebras, antilopes, gazelas).

Seguimos para a Namíbia, onde as paisagens e o silêncio do deserto dão uma tranquilidade imensa. A cor vermelha da areia das dunas concorre com a cor do pôr-do-sol. Os Parques Naturais, nomeadamente o Etosha, são de uma riqueza e diversidade animal fantástica. E os passeios de barco nos rios, uma emoção. A Namíbia já possui muitos alojamentos com qualidade e uma boa divulgação das muitas atividades que se podem praticar por lá.

Visitámos depois as Cataratas Victoria, no lado da Zâmbia, que apesar de não estar na melhor época, deu para ver a grandiosidade e força do rio Zambeze, sobretudo através do sobrevoo da região e da emoção sentida quando o helicóptero entra no estreito canyon onde se precipitam as cascatas.

Andámos depois pelo Botswana, que não está tão desenvolvido como a Namíbia, mas com a ajuda dos Chineses, está a caminho disso. Demos excelentes passeios nas margens dos rios Okavango e Chobe e fizemos vários safaris para observar a grande quantidade de vida selvagem.

 

Gostei muito do espírito, humor, cor e alegria dos africanos, desta parte de África (Austral). Terminámos com regresso à África do Sul por Pretória, uma cidade encantadora com imensos jardins e muitas árvores de “Jacarandá”, que se encontravam em plena época de floração, um autentico festival lilás pelas ruas e avenidas. Chegámos a Joanesburgo onde nos deixaram no aeroporto.

Agora que já estou a organizar o meu video, estou a viajar outra vez, um beijo

Fernanda Bernardo
2011